Como manter o sistema de escape em boas condições

O sistema de escape é um elemento essencial para preservar a performance de um veículo, reduzir a emissão de ruídos e proteger o ambiente de gases e emissões poluentes.

Ao longo do seu tempo de vida útil, sofre várias alterações térmicas e solicitações mecânicas. Aliás, as temperaturas dos gases de escape podem ultrapassar os 900 graus e a sua acidez deteriora as paredes metálicas da tubagem, dos silenciadores, da câmara de expansão, dos catalisadores e da sonda lambda. Também a humidade, a chuva intensa ou a lama provocam uma degradação gradual do sistema de escape, que acaba por ganhar ferrugem.

Assim sendo, é imprescindível que a manutenção do sistema de escape seja feita com regularidade!

Porque é que deve fazer a manutenção do sistema de escape?

Como qualquer outra componente mecânica de um veículo, o sistema de escape deve ser alvo de uma manutenção frequente para não comprometer a performance do automóvel.

Para além disso, um sistema de escape em boas condições produz menos barulhos no carro e, em grandes centros urbanos, isso é um contributo importante para a redução da poluição sonora.

Por fim, e não menos importante, reduz a emissão de gases poluentes e tem um papel importante em matéria de proteção ambiental. Aliás, saiba que as inspeções automóveis obrigatórias também incidem sobre a verificação do sistema de escape. Se, durante uma inspeção, houver algum sinal de fuga, deterioração ou valor de emissão de gases poluentes acima dos limites legais instituídos, é motivo mais do que suficiente para reprovação.

Qual é a composição do sistema de escape?

O sistema de espace é composto por diferentes peças. Quando falamos na sua manutenção como um todo, significa que se deve prestar atenção também às suas componentes de forma individual. Este é composto por:

Coletor de escape

A sua função é recolher todos os gases que são produzidos pelo motor. Esta peça funciona a uma temperatura muito elevada e, em caso de rutura, pode haver uma fuga de gases perigosos para o interior do veículo. Assim sendo, assegure-se de que o coletor de escape do seu automóvel está em boas condições.

Catalisador

É o responsável por limpar e eliminar os gases nocivos emitidos pelo automóvel. Isto é feito através de uma reação química que neutraliza os gases poluentes gasosos, tornando-os inofensivos para o ambiente. É, por isso, um elemento fundamental e uma peça obrigatória nos automóveis na Europa e na América do Norte.

Filtro de partículas

Desde 2000, todos os automóveis a diesel têm obrigatoriamente de ter um filtro de partículas. Esta componente é responsável pela redução da emissão de gases poluentes para a atmosfera. É aconselhada a sua limpeza a cada 100.000 quilómetros percorridos, tal como acontece com a mudança da correia de distribuição. Também pode ser necessário fazer uma limpeza antes de atingir os 100.000 quilómetros caso, por exemplo, os injetores ou o turbo estejam com falhas.

Sonda Lambda

Tem a função de regular o fornecimento de ar e combustível do motor, através de um sensor de oxigénio que controla o sistema de combustão. Por outras palavras, esta sonda afere a qualidade da combustão, medindo a quantidade de oxigénio que existe nos gases do sistema de escape. Contudo, para que funcione, a sonda Lambda tem de ser sujeita a uma temperatura muito elevada (que ronda os 340 graus centígrados). É, por isso, sempre acompanhada de uma resistência elétrica para a aquecer.

Silenciadores

Os silenciadores intermédio e traseiro têm como objetivo reduzir os níveis de ruído produzidos pelo motor, reduzir a temperatura e os elementos nocivos expelidos no fumo do escape.

Estes são os principais elementos que compõem o sistema de escape e, geralmente, aqueles aos quais deve prestar mais atenção. Mas existem outros, tais como: as linhas de escape, abraçadeiras, suportes de escape, juntas de escape, massa de escape, etc.

Quais são os principais sinais de desgaste do sistema de escape?

São vários os sinais que indicam que o sistema de escape está a precisar de uma manutenção urgente. Por exemplo:

O aumento de consumo de combustível;
O aumento do nível de ruído;
A mudança de cor do fumo que sai pelo cano de escape (que tende a ser mais escuro);
Vibrações ou perda de potência.

Quando deve fazer a manutenção do sistema de escape?

Como mencionámos acima, falamos sempre do sistema de escape como um todo, mas é necessário ter atenção ao bom estado das suas componentes individuais. E nesse sentido, note que cada peça tem um tempo de vida útil diferente.

Em linhas gerais, é importante que este sistema seja verificado por especialistas a cada 200.000 quilómetros percorridos. Já o catalisador, deve ser substituído a cada 100.000 quilómetros, enquanto que o silenciador a cada 80.000 quilómetros.

Naturalmente que estas recomendações dependem de fatores tais como como:

Da frequência de utilização do veículo;
Das condições de circulação;
Do estilo de condução do condutor;
Da idade do automóvel;
Das variações térmicas acentuadas;
Da atmosfera envolvente agressiva (proximidade com salinas, zonas costeiras ou indústrias químicas).

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